E algo paira no ar...

Neste domingo, aproveitando que o sol e as baleias resolveram aparecer, resolvi também eu aparecer na praia, ali mesmo no Reefifi. 

Logo que passei as dunas me assustei com a neblina ou fumaça que me impedia parcialmente de admirar a paisagem.

 Do lado direito da imagem, é possível observar a fumaça que encobre o morro.

No Zero Hora encontrei uma reportagem muito interessante sobre esse bloqueio atmosférico, que ilustro na imagem de satélite em alta resolução da NASA, registrada nesta segunda-feira.

Que essa fumaça se dissipe e cria a consciência ambiental por onde passar.
E deixe nosso céu brilhar azul e limpo outra vez.

A Pedrita

Fazem 37 anos que a Pedrita Planejamento e Construção, iniciou suas atividades no bairro, extraindo e comercializando pedras. Para a comunidade local, uma empresa na região naquela época seria um grande avanço. E foi.

A Pedrita cresceu. Em 1980 ampliou sua área de atuação, adquiriu novos equipamentos e começou a construir e pavimentar estradas.

Nesse tempo não havia nenhum orgão de fiscalização ambiental na administração de Florianópolis.

Em 2002 a FATMA (Fundação do Meio Ambiente de SC) renovou a licença ambiental. O que é feito a partir de então, todos os anos. Mesmo com parte do morro composto pela mata atlântica e outro atribuído ao Parque Municipal do Maciço da Costeira.

A comunidade se divide entre a preservação do morro, as rachaduras nas casas e as dezenas de desempregados que irão surgir se a Pedrita sair do local.

Enquanto isso, a vista que temos é de um morro depenado.

Fontes: AN Capital e Camera Surf.

Arte no Rio Tavares

Passeando pela Lagoa da Conceição certo dia, fiquei admirada com uma pintura num muro da Osni Ortiga. Pouco tempo depois descobri que o artista que fez aquela pintura morava atrás da Escolinha do Rio Tavares, que era amigo de uns amigos meus e que tinha muitas outras obras dele por aí.
O nome dele é Marcelo Barnero, designer gráfico e ex skatista profissonal. Natural de São Paulo, vive na ilha desde 1997 e em 2005 tratou logo de se mudar pro Rio Tavares, onde possui amigos e também a cultura de skate que está crescendo cada vez mais no local.

Por email, fiz uma pequena entrevista, que vocês conferem junto com algumas obras, agora:

-A partir de quando e como começou a pintar? O que fazia antes?
Eu sou designer gráfico e ex skatista profissonal, comecei a pintar mesmo no ano de 2006.

- Qual a técnica que utiliza?
Tenho uma técnica bem mista, utilizo a tinta acrilica e marcadores permanentes, que são uns tipos de canetas que também podem ter tipos de tintas variadas. Para trabalhos muito grandes eu uso sprays também.

- Onde busca inspirações? Existe alguma mensagem que deseja transmitir?

Minha inspiração sempre veio da natureza e na verdade não me prendo a passar uma mensagem, mas somente fazer algo que traga contentamento pros olhos, assim agradando cabeças e corações nem que seja por um segundo.

- E a arte que faz nas ruas?
Na verdade comecei a fazer arte nas ruas por influencia de um grande amigo e parceiro de trabalhos, o Driin sempre acompanhou meu trabalho e me dizia que eu não podia ser egoista com minha arte, e que eu tinha que disponibilizar para o público em geral, pra todo mundo, e que a rua era esse lugar.
Assim comecei a fazer algumas brincadeiras por ai.

- Existe algum preconceito de alguma parte, por essa arte feita nas ruas?
As pessoas ainda confudem, mas tudo certo, no final quando vêem um trabalho bonito e bem feito a opnião muda e assim conseguimos mostrar pras pessoas.

- Tem algum projeto/exposição em andamento?
Próximo projeto é uma exposição individual que vou fazer em dezembro em São Paulo, na galeria e espaço cultural chamada Matilha.

Quem quiser conferir mais, pode acessar o Flickr do artista ou visitar a COR GALERIA DE ARTE, na Lagoa da Conceição.

Onde fica?

Para melhor localizar a área a ser explorada, procurei um mapa onde mostra toda a região que pretendo descrever aqui. Abrange as redondezas da Lagoinha Pequena e área atrás da escolinha do Rio Tavares, além da praia, claro:

Recolhi também algumas fotos cedidas pelo publicitário Esdras "Binho" Dutra, morador da região á um pouco mais de 03 anos. As fotos da entrada do bairro, foram tiradas esse final de semana por mim.

Onde quebram as ondas do mar...

Durante a semana, fazendo a lista de assuntos para ser desenvolvida aqui, a curiosidade falou mais alto: O que significa Reefifi?

O tempo era curto. Alimentar o blog duas vezes por semana em meio a trabalho e faculdade, não é fácil. Mas lembrei dos blogueiros que precisam fazer postagens diárias e me tranqüilizei. 

Comecei a enviar emails e conversar com algumas pessoas, porém não consegui saciar completamente a minha indagação.

Por email, conversei com a jornalista Fernanda Garcez e a psicóloga Maria Teresa Mandelli, ambas moradoras da região à pelo menos 06 anos. Elas também não sabiam o significado, entretando me informaram que provavelmente foram os primeiros moradores que deram o nome, já que na redondeza  algumas comunidades já possuiam nomes dentro do bairro Rio Tavares, como a Escolhinha, que segue como referência.

Terminei o post sem saber o que significa Reefifi, com a esperança, de que  alguém saiba, comente e me esclareça à façanha. 

O nome é sugestivo e pelo visto, foi bem sucedido. Como a Fernanda me lembrou, Reef é o lugar onde geralmente quebram as ondas do mar.

Porquê o Reefifi?

Moro no estreito e conheci o Reefifi sem saber que seu nome era este. Para mim era uma comunidade praieira entre Campeche e Joaquina, sendo assim, imaginei que teria algumas trilhas até a praia.

Porém antes de chegar a trilha, percebi que existiam várias coisas bonitas alí, como a Lagoa Pequena por exemplo e a comunidade que reside no local, que é basicamente formada por curitibanos, paulistas, cariocas e brasilienses.

Talvez seja por este motivo que escolhi o Reefifi como tema do meu blog, além do encantamento com a  natureza, a mistura de pessoas de todos os cantos do país em busca de qualidade de vida.

A idéia inicial é explorar o Reefifi e a região do Rio Tavares  próximo á comunidade. As histórias das pessoas, os projetos que existem, os trabalhos que desenvolvem, os eventos, os problemas e as melhorias também.

Parto em busca da primeira história...

Imagem: http://www.panoramio.com/photo/21117030